Uma estudante africana foi detida ontem, em Fortaleza. Ela e mais 300 alunos de Guiné-Bissau estão em situação irregular no Ceará, depois de perderem o visto de estudante por terem atrasado mensalidades de faculdades cearenses. A estudante foi detida pela Polícia Federal (PF), quando distribuía panfletos perto do Shopping Benfica, na área central de Fortaleza. Encaminhada para o posto da PF no aeroporto internacional Pinto Martins, a africana foi solta após apresentar o visto de estudante e se comprometer a regularizar sua situação junto à faculdade onde estuda. Mesmo assim ela foi notificada e multada.
O Ministério Público Federal entrou no caso e solicitou das faculdades a apresentação de uma solução para os casos. A procuradora regional dos Direitos do Cidadão, Nilce Cunha, busca evitar a deportação desses estudantes, que saíram de Guiné Bissau por causa da crise administrativa do País e por lá não ter universidade.
"Eles deixaram de receber o dinheiro das mensalidades enviado pelo pais desde abril passado devido o golpe do Estado que se instalou em Guiné Bissau", revelou a procuradora. Ela espera para hoje estabelecer um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) que pede das faculdades a renegociação das dívidas com redução de juros e multas e um prazo de 30 dias para quitação.
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