A diretoria do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), depois de divulgar uma nota sobre a denúncia veiculada em reportagem na revista Época, que circula a partir de hoje, de um rombo de R$ 100 milhões supostamente feito por empresários ligados ao PT do Ceará, resolveu exonerou o acusado de operar o esquema, o então chefe de Gabinete do presidente Jurandir Santiago, Robério Gress do Vale.
O BNB inicia a nota dizendo que "a respeito de recentes notícias publicadas na imprensa sobre operações de crédito irregulares no Banco do Nordeste do Brasil, no período compreendido entre o final de 2009 ao início de 2011, esclarecemos que esta Instituição, tão logo tomou conhecimento, ainda em julho de 2011, dos primeiros indícios de irregularidades, adotou imediatamente todas as providências que a situação reclamava".
Segundo a nota, "no próprio mês de julho de 2011 foi instaurado o primeiro de quatro procedimentos de sindicância que se encontram em andamento, por determinação da Diretoria do Banco, com o fim de apurar todos os fatos em questão e os que foram surgindo ao longo das investigações".
O Banco informa que as apurações resultaram no afastamento e demissão de vários colaboradores, mas não cita quem foi afastado ou demitido. A nota oficial do BNB diz ainda que "o banco passou, espontaneamente, a interagir com os órgãos de controle externo – Controladoria Geral da União, Ministério Público e Polícia Federal - a fim de que o assunto recebesse os encaminhamentos e apurações devidos, para além daqueles levados a curso no âmbito do próprio Banco do Nordeste."
Conforme o BNB, "as próprias informações divulgadas pela imprensa são provenientes de relatório de auditoria interna do Banco, o que confirma a adoção de providências tempestivas pela instituição já há quase um ano".
A nota tenta mostrar que as supostas irregularidades são em número pequeno ao tamanho de contratos feitos pela instituição no período de 2010-2011: "Importante observar que nos anos de 2010 e 2011, o Banco do Nordeste contratou a quantidade de 5,8 milhões de operações de crédito, sendo que as irregularidades envolveram operações contratadas por 24 clientes deste universo", destaca o BNB.
O BNB comunica também que "inobstante, foram aprovados pela Diretoria, e imediatamente implementados, diversos aperfeiçoamentos nos processos de crédito, com vistas a mitigar os riscos da ocorrência de novos eventos da espécie".
A nota finaliza informando que "todas as decisões relacionadas à concessão de crédito no âmbito do Banco do Nordeste são tomadas, exclusivamente, por meio de critérios técnicos e de forma colegiada, existindo, para tanto, diversos comitês na estrutura de governança corporativa do Banco".
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