(Assessoria de Imprensa) - A agenda do “Nordeste do Brasil: Oportunidades & Negócios” no Ceará, em reunião que aconteceu nesta sexta-feira (18), no Palácio da Abolição teve como principal tema a criação de uma linha de crédito com foco na área do desenvolvimento do Nordeste. Participaram da reunião com o governador Cid Gomes, os presidentes do Banco Interamericano do Desenvolvimento (BID), Luis Alberto Moreno, e do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), Jurandir Santiago, e os governadores Teotônio Vilela Filho (Alagoas), Jacques Wagner (Bahia), Ricardo Coutinho (Paraíba), Eduardo Campos (Pernambuco), Wilson Nunes (Piauí), Rosalba Ciarlini (Rio Grande do Norte), Marcelo Déda (Sergipe), e o secretário do Desenvolvimento Social do Maranhão (Fernando Fialho). “Inicialmente, são duas instituições na disponibilidade dessa linha de crédito, o BID com US$ 600 milhões e o BNB também com US$ 600 milhões. Porém, esteve presente na reunião um representante do BNDES, que deverá provavelmente entrar nesta operação com mais US$1,2 bilhão, totalizando cerca de R$ 5 bilhões à disposição dos estados do Nordeste e da iniciativa privada, em cerca de três anos”, disse o Cid Gomes.
De acordo com o presidente do BNB, a linha de crédito será distribuída entre os estados de acordo com as necessidades de cada um. “Cada governador indicou um representante técnico para discutir com os bancos a partir da próxima semana, a partir de onde irá se formar um plano diretor de investimentos. A partir de então a distribuição de fundos será feito de acordo com os projetos de cada estado”, explicou. O prazo de financiamento é de até 20 anos, a depender do retorno do projeto, com carência de quatro anos para início do pagamento, com juros de 0,60% mais taxa libor (taxa preferencial de juros para grandes empréstimos).
Neste primeiro momento são discutidas as prioridades dos estados e realizados os estudos e mapeamentos das principais necessidades de infraestrutura. A partir deste diagnóstico, o BID deve emprestar e catalisar recursos, a partir de empréstimos ao setor privado do tipo A/B, de operações consorciadas com o BNB, da Corporação Interamericana de Investimentos (CII), de empréstimos ao setor público, e apoiando a realização de parcerias público-privadas (PPPs).
Durante a reunião, o Banco do Nordeste também apresentou aos governadores da Região o Programa de Desenvolvimento Produtivo (Prodepro), que tem como frentes de trabalho apoiar financeiramente a oferta de infraestrutura para o setor produtivo, buscando elevar a competitividade das empresas (especialmente micro e pequenas); promover a integração física entre os estados do Nordeste, e destes com o país; expandir o comércio interno e externo; incrementar a atração de investimentos; e promover as exportações. Como resultado dessas intervenções espera-se ampliar a geração de emprego e renda.
Outro tema de debate na reunião foi a seca que assola a região Nordeste. “Já temos projetos para a seca atual, como créditos para os agricultores familiares e o Garantia Safra. Ações emergenciais não se opõem às ações planejadas. Precisamos de ações estruturantes, de médio e longo prazo, para ficarmos cada vez mais preparados para períodos de seca que assolam o Nordeste a cada três anos”, disse. A curto prazo, existem também projetos para 1.500 sistemas de abastecimento de água e cerca de mil poços profundos.
O BID no Nordeste
O BID e os Estados do Nordeste mantem uma parceria histórica. As operações em execução na região somam US$ 1,13 bilhão, distribuídos entre empréstimos cooperações. Em 2012 os investimentos devem ultrapassar US$ 1 bilhão, com projetos em todos os estados em áreas como desenvolvimento urbano integrado, fortalecimento da gestão fiscal, turismo, transporte e mobilidade, e investimentos sociais.
A Estratégia do Banco para o Brasil que compreende o período 2012-2014 prioriza as regiões Nordeste e Norte, sobretudo nas ações voltadas para a redução das desigualdades econômicas regionais.
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