MENINO VÉI
Antes de dar a descarga no caso ficam algumas reflexões para o jornalismo cearense, principalmente nos veículos impressos. Primeiro a necessidade de ouvir os leitores - a pauta foi sugerida pelo leitor Ricardo Ruiz. Depois, os bons resultados de matérias investigativas locais como forma de fugir do noticiário factual, já explorado por sites, rádios e tevês. Ao mesmo tempo sobra uma constatação negativa. Os jornais – todos - continuam com um vício de mais de 30 anos: o que um publica o outro despreza. No “escândalo dos banheiros” O POVO ficou sozinho na cobertura por sete dias. Somente na quinta-feira é que o Diário do Nordeste registrou a saída do presidente do TCE, sem qualquer contextualização dos fatos. Um mero registro. O Estado nem isso.
Ora, o cearense mal lê um jornal todos os dias, quem dirá os três. Porque privá-lo de informações só porque o concorrente divulgou primeiro? Não sou ombudsman nem do DN nem do O Estado, mas, em defesa do jornalismo e do direito do leitor, considero a atitude já ultrapassada.
Concorrência não é isto. Para mim parece mais coisa de “menino véi amarelo”. É hora de evoluir.
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