Peritos criminais, peritos criminais auxiliares e peritos auxiliares de perícia paralisam na próxima segunda-feira (16), suas atividades no Instituto de Identificação (Rua Martinópolis, 80 – por trás da Avenida João Pessoa), das 8 às 11 horas. O ato dá continuidade ao movimento iniciado na última segunda-feira (9), quando os peritos pararam a Perícia Forense do Estado do Ceará (PEFOCE) até o meio dia.
Eles protestam por estarem em desvantagem em relação à média salarial da maioria dos estados brasileiros e por terem acentuadas diferenças salariais em três categorias de peritos que exercem funções equivalentes. “O laudo pericial é a soma do trabalho do perito legista, perito criminal e perito criminal auxiliar, portanto os três devem ter o mesmo peso e o mesmo salário. É assim em todo o país menos no Ceará. Aqui, cada uma dessas três categorias de peritos têm vencimentos diferenciados”, denuncia o coordenador do MOVA-SE, João Batista Silva.
Só no Ceará a classe de peritos tem tantas distorções em relação ao próprio estado, ao Nordeste e ao país. Em média, os peritos cearenses estão com salários abaixo de estados como Paraíba e Rio Grande do Norte. Em relação aos peritos criminais e peritos legistas temos o pior salário do Nordeste. Mas nada se compara a defasagem dos peritos criminais auxiliares que recebem o pior salário do país. Os auxiliares de perícia, fundamentais para a conclusão dos exames, encontram-se em situação vexatória. Já os peritos legistas médicos, após o aumento discriminatório de 116% concedido pelo governador em 2009, passaram a usufruir um dos mais altos salários do país.
Segundo João Batista, o estado de greve vai continuar até que o governo se disponha a abrir um canal de negociação com a categoria. Caso isso não aconteça a disposição dos trabalhadores é emplacar uma greve em todo o estado.
O que querem os peritos:
- Audiência com o governador
- Correção das distorções salariais
- Equiparação à média salarial do país
600 Carteiras - Os 29 peritos do Instituto de Identificação (11 criminais, 10 criminais auxiliares e 8 auxiliares de perícia) são responsáveis pela análise e assinatura que valida as 600 carteiras de identidade confeccionadas diariamente pelo Instituto. Outro trabalho exclusivo dos peritos é o serviço de identificação criminal. Apenas o atendimento inicial (coleta de dados) não é feito pelos peritos, mas por trabalhadores terceirizados. Esse atendimento não deve parar.
Em todo o estado são emitidas cerca de duas mil carteiras por dia. Além do Instituto de Identificação há o atendimento nos núcleos distribuídos pelos municípios e nos postos avançados móveis.
Mais informações:
João Batista Silva: Coordenador do MOVA-SE – 9701.8312/ 9709.2221
Evaldo Ribeiro: Secretário geral do MOVA-SE – 9709.2120
Sílvia Carla Araújo: assessora de imprensa – 8681.7347/ 99610510
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