Inezita Barroso e Daniel (foto de Jair Bertolucci)
"Simplicidade. Segundo a apresentadora Inezita Barroso, esta é a fórmula de sucesso que mantém o Viola, Minha Viola, o programa musical mais antigo da tevê brasileira, há 30 anos no ar, ininterruptamente. E, para celebrar, a TV Cultura prepara uma grande festa aberta ao público, no dia 16 de junho, às 16h, no Auditório Ibirapuera, em São Paulo.
Nomes de peso da música caipira, como Daniel, Almir Sater, As Galvão, Liu e Léu, Cezar e Paulinho, e Gilberto e Gilmar estarão reunidos nesta edição de aniversário. São artistas que fazem parte da trajetória do programa, na mesma proporção que o Viola teve importância fundamental em suas carreiras. As irmãs Galvão e a dupla Liu e Léu, por exemplo, participaram da primeira transmissão, em 1980.
Para Inezita, o programa procura preservar e mostrar a seus telespectadores a pureza e a simplicidade do mundo caipira. “Viola tradicional: esse é o nosso ritmo e temos que conservá-lo. Essa é a minha missão”, diz.
E a missão tem sido cumprida com êxito ao longo dessas três décadas. Artistas que fizeram – e alguns que ainda fazem – grande sucesso iniciaram sua história musical no programa, entre eles Tonico e Tinoco, Pena Branca e Xavantinho, João Paulo e Daniel, Yamandu Costa, Pedro Bento e Zé da Estrada, e muitos outros. Já são mais de 1.400 edições, que contam com um público fiel e exigente, tanto na plateia do Auditório Franco Zampari, às quartas-feiras, como em frente à telinha, todos os domingos, às 9h da manhã.
Cultura popular - Toda a riqueza da música de raiz também é muito bem representada no programa pelo Regional Viola, Minha Viola, grupo que acompanha Inezita na tevê e nos shows que ela faz pelo País. O quarteto é formado por João Bosco, mais conhecido como Joãozinho, no violão e na viola, André Fernandes no contrabaixo, Arnaldo Freitas na viola e, na percussão, Valdir Lemos, apelidado de Escurinho Jr por ser filho do falecido Escurinho, ex-músico do Regional.
O cenário do programa — inspirado em festas populares, com fitas coloridas que lembram as folias de reis e festas santas, e uma cortina com dois mil fuxicos feita artesanalmente — também exalta a cultura caipira. E, na longa trajetória do programa, o público foi brindado com outros ambientes típicos, com direito a fogões a lenha, mesas com toalhas xadrez e até um rancho de palha.
O começo de tudo - O Viola, Minha Viola estreou no dia 25 de maio de 1980, com apresentação de Moraes Sarmento (1922-1998) e Nonô Basílio (1922-1997), nos estúdios da TV Cultura, na Barra Funda. A partir da terceira edição (em junho), Inezita Barroso passou a participar da atração como convidada fixa e logo já conquistou a simpatia do público. Meses depois, em agosto, Nonô deixou o programa e Moraes ganhou como parceira a mulher que, anos mais tarde, tornar-se-ia a dama da música caipira no País.
Nessa época, a atração também ganhou espaço exclusivo: mudou-se para o Auditório Franco Zampari, na região da Luz, em São Paulo. Durante algum tempo, o Viola foi itinerante e viajou por diversas cidades do interior paulista, voltando, mais tarde, a fixar-se no Zampari.
A grande dama da música de raiz - Ignez Magdalena Aranha de Lima, seu nome de batismo, nasceu em 4 de março de 1925, no bairro da Barra Funda, em São Paulo. Filha de família tradicional paulistana, Inezita Barroso tem um coração caipira, recheado de amor pelas tradições populares. A artista é uma enciclopédia viva da música caipira e do folclore nacional, intitulada, inclusive, doutora Honoris Causa em Folclore pela Universidade de Lisboa.
A cantora se apresenta desde os sete anos de idade e também foi atriz de cinema, tendo recebido o Prêmio Saci, um dos mais importantes da época. “Canto desde criança e fiz três conservatórios de piano, pois, na época, menina não podia tocar viola, era feio”, conta.
Na tevê, sua carreira começou junto com a Record, onde foi a primeira cantora contratada. Depois passou pela Tupi e outras emissoras, até chegar à Cultura para comandar o Viola, Minha Viola.
Com dezenas de álbuns em sua carreira, hoje ela descarta as grandes gravadoras e lança discos independentes, como seu mais recente trabalho, Sonho de Caboclo. Hoje, aos 85 anos, continua fazendo shows por todo o Brasil. Até 2009, Inezita ainda dava aulas em duas universidades paulistas.
Para a gravação especial de aniversário, serão oferecidos ao público 400 ingressos gratuitos, que poderão ser retirados (apenas dois por pessoa) na bilheteria do Auditório Ibirapuera, a partir de 2 de junho.
Mais informações para a Imprensa:
Assessoria de Comunicação da TV Cultura
Alexani Barbosa (alebarbosa@tvcultura.com.br)/ 11 2182-3281 e Giselle Stazauskas (giselle@tvcultura.com.br)/ 11 2182-3216
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