"Lugar de torcedor é na arquibancada, torcendo pelo time". Com este apelo o conselheiro do Fortaleza, Adegildo Férrer, convoca a torcida para o amistoso festivo de entrega de faixas do tetra inédito do Cearensão, amanhã, às 17 horas, no Castelão, contra o Boca Juniors. "A diretoria está fazendo tudo para motivar a torcida e nós estamos esperando no mínimo 25 mil torcedores", destaca Adegildo Férrer.
Neste bate pronto Adegildo Férrer fala na volta do treinador Zé Teodoro e dos desafios do Fortaleza para a partir do próximo mês, além do amistoso de amanhã.
O amistoso de amanhã além de festivo é um teste para o Fortaleza que está se formando?
Adegildo Férrer - Muito importante porque já no dia nove de junho vai ter a estréia aqui contra o Santa Cruz, pela Copa do Nordeste. E ai sim vamos levar muito gente porque é valendo pontos, mas agora é um aperitivo muito bom, porque é um tira gosto internacional. Você já pensou comer uma picanha bem boa argentina no Castelão? Vamos fazer isso, porque eles vêm pensando que nós não sabemos jogar futebol. E é isso ai: Brasil x Argentina e quem vai ganhar agora por hora é o Fortaleza, porque o Brasil não está na chave inicial da Copa da África com a Argentina. O torcedor que ficar sábado à tarde em casa não é torcedor do Fortaleza. Pode ser admirador. Pode ser até um fã. Mas não é torcedor, porque lugar de torcedor é arquibancada torcendo pelo time. E a diretoria está fazendo tudo para motivar essa torcida. Nós estamos esperando no mínimo. Olha eu estou botando por baixo. Vinte e cinco mil torcedores.
Essa arrancada leonina com a manutenção de Zé Teodoro no comando técnico é um primeiro passo para o Fortaleza voltar para 2ª Divisão do Brasileiro em 2011?
Adegildo Férrer - Não é que seja a primeira medida. É a principal medida. Porque você tem uma casa que não tem um chefe e que não centraliza numa única orientação fica ruim. O time estava um pouco desorientado. Não que as pessoas que estavam trabalhando não tivessem não tivesse essa capacidade. Elas tinham. Agora não tinham era autoridade. Capacidade é uma coisa. Autoridade é outra.
Como foi a briga para trazer o Zé Teodoro de volta?
Adegildo Férrer - Quando nós entramos nessa briga para trazer o Zé Teodoro de volta foi no sentido exatamente de resolver esta questão de autoridade. Porque como diretor da Universidade Vale do Acaraú, que eu sou, se eu não estiver lá todo dia a coisa não funciona. Não que eu não acredite nos meus funcionários. Mas é que nós temos uma tradição de achar que se não tiver chefe a coisa não vai. O Zé Teodoro mostrou capacidade, mas mostrou capacidade mesmo naqueles 35 dias que ele passou aqui revertendo todo quadro do Fortaleza. Um time que estava desclassificado do segundo turno. Não disputou as finais do Returno. Também não conseguia motivar a torcida. Ele conseguiu remotivar a torcida e fez uma declaração que foi antológica. Até hoje está na cabeça de todo mundo: "Eu vim devolver o tetra ao Fortaleza" e devolveu o tetra ao Fortaleza e devolveu o nosso tetra que ele tinha tomado em 2006. Por isso é importante a vinda dele. É a principal medida. A partir dai tudo que acontecer vai ser em decorrência dessa medida.
O grupo de 28 jogadores mais dez agregados é um elenco bom?
Adegildo Férrer - A questão é não ser um grupo bom. A gente faz o que pode. No Fortaleza não pode se dar ao luxo de ter um time com 35 jogadores no elenco. É 28 e eu ainda acho muito. Acho que o ideal seria 21 e mais os dez agregados. Mas daqui uns três meses a folha de pagamento do Fortaleza vai cair no mínimo oitenta mil reais. São exatamente essas não renovações que nós temos e que não temos condições de fazer. Eu digo temos, mas não sou eu que vou fazer não. É o diretor de futebol. É o presidente Renan Vieira que vai dar o tom de dizer quem vai ficar no time, quem vai não ficar. Mas é bom ter 28, porque quem tem duas vezes 14 já tem muito. Poderia formar dois elencos, porque já tem os dez agregados e temos mais de oito de reserva. Isso é muito bom e vamos disputar as três taças (Nordeste, Série C e Fares Lopes).
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