A “Arbitragem” foi o tema do painel do 36º Congresso Brasileiro de Cronistas Esportivos, realizado pela Associação Mineira de Cronistas Esportivos (AMCE), no Auditório da Faculdade Estácio de Sá, em Belo Horizonte, de 17 a 20 de março. O painel reuniu o presidente da Comissão de Árbitros da Federação Mineira de Futebol (FMF), Jurandy Gama Filho, e o diretor cientifico da Comissão e professor da UFMG, Alexandre Paolucci. Os dois participantes do painel elogiaram a iniciativa da AMCE de abordar o tema arbitragem no Congresso. “O tema é importante em Congressos como este, pois há a necessidade de que todos que estão envolvidos com o futebol, como os cronistas esportivos, se preocupem com a arbitragem”, disse Jurandy Gama Filho. Ele lembrou ainda que “o árbitro é igual ao jogador de futebol. Tem que treinar muito para apitar bem”.
O professor Alexandre Paolucci afirmou que a maioria dos erros de arbitragem acontece por falta de preparo físico dos juízes de futebol. “Hoje um juiz de futebol não pode se profissionalizar no futebol, pois recebe apenas R$ 1.600,00 por partida, e atua em cerca de quatro jogos por mês. Isso não permite que ele se dedique exclusivamente à arbitragem e se aprimore fisicamente.” Alexandre Paolucci lembrou que na Europa existem 36 centros de Preparação de Árbitros e que no Brasil não existe nenhum. O professor ressalta ainda que o ideal é que um juiz se posicione entre 5 e 15 metros das jogadas. No Brasil, os juízes ficam a cerca de 20 metros dos lances. “Apesar disso, um árbitro no Brasil corre mais de 11 metros por jogo”, disse Paolucci.
O 36º Congresso Brasileiro de Cronistas Esportivos reuniu cerca de 500 cronistas esportivos do Brasil e do exterior, além de autoridades e estudantes de jornalismo e educação física. O Congresso terminou com uma festa sábado, na cidade histórica de Ouro Preto, onde houve uma partida de futebol entre a seleção cronistas esportivos da AMCE e cronistas de outros estados brasileiros.
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