A nota da Universidade Federal do Ceará (UFC) sobre o acadêmico de Medicina, Alexandre Carneiro, que foi baleado dentro da Faculdade de Medicina, no Campus de Porangabuçu, ontem:
"Na tarde dessa sexta-feira (21), o estudante Alexandre Carneiro, aluno do 3º semestre do curso de Medicina, foi vítima de uma modalidade de assalto cada vez mais frequente em Fortaleza: a "saidinha bancária". O aluno foi abordado por assaltantes na Rua Prof. Costa Mendes e alvejado em dependências da Faculdade de Medicina, no bairro Rodolfo Teófilo. Com a atual situação de violência que tem atingido nossa sociedade, as universidades cearenses também temem pela segurança de sua comunidade acadêmica. Ocorrências recentes, como assaltos nas dependências da Universidade Estadual do Ceará (Uece), alertam a todos e, infelizmente, a Universidade Federal do Ceará não está a salvo.
O aluno, seguido de um caixa eletrônico até as proximidades de um prédio da faculdade, foi baleado e teve sua mochila e dinheiro roubados. Socorrido para o Hospital Universitário Walter Cantídio, foi levado, em seguida, ao Hospital Antônio Prudente. Felizmente, Alexandre já passa bem, estando com alta prevista para a noite dessa sexta ou para a manhã de sábado. O jovem afirma que "a bala perfurou a coxa, mas não acertou osso, nervos ou nenhum vaso importante". Disse ainda que a mochila salvou sua vida, pois um dos dois tiros disparados pelo assaltante foi em direção ao seu abdômen.
A segurança no campus e no bairro foi criticada pelo aluno. "Se houvesse um guarda na entrada que me assaltaram, talvez tivesse inibido a ação. Eu fiquei em estado de choque e, como demorei a passar a bolsa, ele atirou", diz. A circulação nos arredores do Campus do Porangabussu preocupa outros colegas de curso. Alana Edla, também aluna do 3º semestre, presenciou o assalto e reforça o ponto de vista de Alexandre. "É um local perigoso, especialmente à noite, quando é perigoso sair, por não ser muito iluminado", pondera.
De acordo com o diretor da Divisão de Vigilância e Segurança da UFC, Gumercindo Pinho, a Universidade possui seguranças em todas as unidades principais do Campus do Porangabussu, mas, especificamente no local onde ocorreu o assalto, conta apenas com um porteiro. "Ele foi seguido em uma saidinha bancária, que ocorre da mesma maneira independente do local. Não é uma abordagem comum nas vizinhanças. Nos finais de semana, há um controle mais criterioso, pois o acesso é restrito. Como era dia útil, a triagem é mais difícil", explica.
Está marcada para segunda-feira (24) uma assembleia geral dos estudantes do curso, com a presença da diretoria da Faculdade de Medicina, para debater soluções de segurança para o local. Ciente de seu papel como instituição pública, a UFC tenta proporcionar um ambiente o mais seguro possível aos seus alunos, professores e servidores técnico-administrativos, contudo, não pode solucionar problemas de ordem do Poder Executivo, como questões de segurança pública.
A Universidade demonstra sua consternação para com a família e torce por uma rápida recuperação por parte do estudante, deixando clara a intenção de reforçar a vigilância já existente em suas dependências e unidades acadêmicas."
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